sexta-feira, 31 de julho de 2015

Vacina da malária tem luz verde da Agência Europeia do Medicamento

     A Agência Europeia do Medicamento (EMA) acaba de dar um parecer científico positivo a uma vacina para a malária. Não será vendida na União Europeia, pelo que não se destina a viajantes, mas sim ao combate da malária principalmente nas crianças africanas. É atualmente a vacina experimental mais promissora contra a malária (ou paludismo), que mata, em média, 1200 crianças por dia na África subsariana (região localizada a sul do deserto do Sara).

     A vacina destina-se a imunizar bebés contra a malária mais grave, causada pelo parasita Plasmodium falciparum, transportado pelo  mosquito Anopheles (na foto), e oferece também proteção para a hepatite B. O estudo foi efetuado num grupo de crianças com idade inferior a um ano, com uma amostra total de perto de 15.500 crianças de sete países africanos (Burkina-Faso, Gabão, Gana, Malawi, Moçambique, Quénia e Tanzânia).
     A eficácia da vacina baixa ao fim de um ano e, por esse motivo, a EMA sublinha a importância de se usarem outras medidas protetoras, como as redes mosquiteiras tratadas com inseticidas.
     Antes da sua difusão, ainda será necessária a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que deverá decidir em outubro se a vacina deve ou não ser aplicada, dada a sua eficácia limitada. A isso há que juntar a decisão das autoridades de saúde dos países onde a vacina vier a ser utilizada. O papel da EMA foi o de avaliar a qualidade, segurança e eficácia da vacina, para ajudar a facilitar o acesso a novos medicamentos a pessoas que vivam fora do espaço da União Europeia.

Adaptado de:

Mariana Rocha (6.º B)

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