quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Síndrome de ativação dos mastócitos

     O síndrome de ativação dos mastócitos é uma doença que afeta o sistema imunitário. Os mastócitos, células presentes na maior parte dos tecidos, desempenham um importante papel nas alergias. Este síndrome faz com que se tenha reações alérgicas, consequências de um funcionamento equivocado do sistema imunológico. Porém, os sintomas e severidade da doença variam de pessoa para pessoa.
     Johanna Watkins está a ser falada em todo o Mundo: norte-americana de vinte e nove anos, é alérgica a quase tudo, incluindo ao odor do marido, o que a torna altamente exposta ao risco de choques anafiláticos (reações alérgicas graves que surgem poucos segundos, ou minutos, após estar em contacto com uma substância a que se tem alergia), cuja rápida progressão pode ser fatal. Basta o simples cheiro de uma pizaria do bairro, do fumo de tabaco arrastado pelo vento ou os vapores oriundos de uma cozinha para lhe causar uma alergia fatal.

                                 

     Este problema foi-lhe diagnosticado há três anos, mas, ultimamente, os sintomas estão-se a agravar ainda mais. Desde há algum tempo, quando encostava a sua cara à de Scott, tossia, mas até então o casal mantinha uma vida normal.  Casados desde 2013, foi durante o último ano que a rápida progressão da doença tornou impossível que o casal mantenha proximidade física. A sua sensibilidade é tal que necessita de permanecer em locais cobertos por materiais plásticos. Por isso mesmo, dorme sozinha no sótão do apartamento de uns amigos, com portas e janelas seladas, onde só circula ar purificado e de onde só sai para ir ao médico. Uma solução provisória, uma vez que a casa dos Watkins está a ser alterada para se tornar um espaço seguro para Johanna.
     Johanna, que acredita numa solução médica, diz que ter o marido na mesma casa, a uma chamada de distância, é por si só reconfortante e não deixa de apreciar as bênçãos que preenchem a sua vida.


Mariana Rocha (8.º A)

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Manatim mais velho do mundo

     O manatim Snooty fez 68 anos e tornou-se o mais velho do mundo. Ele vive em cativeiro no South Florida Museum (Estados Unidos), para onde foi levado com 11 meses.
     A longevidade de Snooty é atribuída às boas condições do espaço que partilha com outros dois manatins. Eles vivem numa piscina com 230 mil litros de água. No estado selvagem, a sua esperança de vida seria de 10 anos.
     Chamados "vacas do mar" e caracterizados por serem dóceis, estes animais são vulneráveis à atividade piscatória. Os choques com barcos e os detritos são causas de morte entre a espécie.


Duarte Duarte (7.º A)

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Como é que as aves perderam os dentes? Um novo dinossauro ajuda a explicar

     Encontraram-se na China fósseis de uma espécie de dinossauro invulgar: os seus indivíduos recém-nascidos tinham dentes, os adultos já não. A descoberta desta espécie de dinossauro, cujos indivíduos iam perdendo os dentes à medida que cresciam e que não voltavam a nascer, pode ajudar a compreender o aparecimento do bico nas aves, uma vez que as aves primitivas possuíam dentes.
     O Limusaurus inextricabilis trata-se de uma espécie de dinossauro bípede que é do grupo dos terópodes, a partir do qual evoluíram as aves, segundo os paleontólogos envolvidos neste estudo científico. Assim, a equipa estudou 19 esqueletos fossilizados e bem conservados do Limusaurus inextricabilis, sendo que entre eles encontravam-se desde recém-nascidos até adultos.
     Ora, o esqueleto de um bebé Limusaurus tinha pequenos dentes afiados, enquanto os adultos já não os tinham. “Esta descoberta é importante por duas razões: primeiro, é extremamente raro encontrar uma série de esqueletos da mesma espécie de dinossauros, distribuindo-se desde o nascimento até à idade adulta; segundo, estas modificações anatómicas invulgarmente drásticas sugerem uma mudança importante do regime alimentar dos Limusaurus.”, sublinha James Clark, professor de biologia na Universidade George Washington e outro dos autores do artigo científico.
     Os fósseis indicam que os Limusaurus muito jovens poderão ter sido carnívoros ou omnívoros, enquanto os adultos seria apenas herbívoros e não precisariam assim de dentes, que serviriam principalmente para mastigar carne. As análises a substâncias químicas nos ossos confirmam esta hipótese, dizem os cientistas.
     “Para a maioria das espécies de dinossauros dispomos de poucos exemplares, por isso temos uma compreensão muito incompleta do desenvolvimento da sua biologia”, acrescenta Josef Stiegler, também da Universidade George Washington e co-autor da descoberta. Nota, ainda, que o desaparecimento dos dentes nunca tinha sido observado antes em fósseis de animais extintos ou em répteis, mas este fenómeno encontra-se em certos animais existentes atualmente, como em peixes, num anfíbio e nos ornitorrincos.


Mariana Rocha (8.º A)