Johanna Watkins está a ser falada em todo o Mundo: norte-americana de vinte e nove anos, é alérgica a quase tudo, incluindo ao odor do marido, o que a torna altamente exposta ao risco de choques anafiláticos (reações alérgicas graves que surgem poucos segundos, ou minutos, após estar em contacto com uma substância a que se tem alergia), cuja rápida progressão pode ser fatal. Basta o simples cheiro de uma pizaria do bairro, do fumo de tabaco arrastado pelo vento ou os vapores oriundos de uma cozinha para lhe causar uma alergia fatal.
Este problema foi-lhe diagnosticado há três anos, mas, ultimamente, os sintomas estão-se a agravar ainda mais. Desde há algum tempo, quando encostava a sua cara à de Scott, tossia, mas até então o casal mantinha uma vida normal. Casados desde 2013, foi durante o último ano que a rápida progressão da doença tornou impossível que o casal mantenha proximidade física. A sua sensibilidade é tal que necessita de permanecer em locais cobertos por materiais plásticos. Por isso mesmo, dorme sozinha no sótão do apartamento de uns amigos, com portas e janelas seladas, onde só circula ar purificado e de onde só sai para ir ao médico. Uma solução provisória, uma vez que a casa dos Watkins está a ser alterada para se tornar um espaço seguro para Johanna.
Johanna, que acredita numa solução médica, diz que ter o marido na mesma casa, a uma chamada de distância, é por si só reconfortante e não deixa de apreciar as bênçãos que preenchem a sua vida.
Mariana Rocha (8.º A)
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