Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra está a desenvolver novos medicamentos para tratar a doença de Alzheimer. O ponto de partida para este desafio é a molécula PiB, produzida pelo Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), que permite detetar a doença antes de os sintomas se manifestarem.
A PiB é um medicamento com um pequeno núcleo radioativo que, ao ser injetado no corpo humano, funciona como um GPS. É possível segui-la, pois a molécula liga-se à proteína beta-amiloide, que se acumula em excesso no cérebro quando um doente tem Alzheimer.
A utilização da PiB faz-se por um processo muito complexo, dado que a sua radioatividade diminui para metade a cada 20 minutos. Se não houver uma grande rapidez no fabrico, preparação e injeção no doente, deixa de ser eficaz. “Se o doente chegasse atrasado meia hora era desastroso. Não haveria radioatividade suficiente para fazer o exame”, explica Antero Abrunhosa, o responsável pela produção da molécula.
A grande inovação deste método é o facto de permitir distinguir esta doença de outras formas de demência. Assim, poderá seguir-se o tratamento mais adequado e desenvolver-se medicamentos que tratem esta doença, que degrada de forma acelerada as funções cognitivas e motoras.
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