O Sivatherium giganteum, viveu há mais de um milhão de anos em África e na Ásia e extinguiu-se há cerca de 10.000 anos. Este animal da família dos girafídeos evoluiu separadamente da linhagem que depois conduziu até às girafas atuais, caracterizadas por pescoços muito longos e patas fininhas - atributos que começaram a surgir há cerca de 7,5 milhões de anos. Para além disso, dois dos cornos, situados no topo da cabeça, eram enormes – tinham pelo menos 70 centímetros de comprimento – e eram grossos dos lados como os dos alces. Os outros dois cornos, mais pequenos, encontravam-se por cima dos olhos. “Devia ser um animal impressionante”, resume o investigador.
Os primeiros fósseis esta espécie foram descobertos na Índia em 1830, tendo sido apresentado como um ruminante de um novo género para a ciência e descrito como um animal cujo crânio era do tamanho do de um elefante que se acreditava que possuía uma tromba. “Quando se encontraram os primeiros fósseis do Sivatherium no início do século XIX, os paleontólogos nunca tinham visto nada assim e andaram às voltas para classificar que tipo de animal seria. Devido a um crânio grande e cornos elaborados, presumiram que o Sivatherium era um elo de ligação entre os elefantes, os rinocerontes e os antílopes”, explica um dos autores do novo estudo, Christopher Basu, do Colégio Real de Veterinária da Universidade de Londres. “Desenvolvimentos posteriores na paleontologia revelaram que o animal de aspeto bizarro era, na realidade, um primo próximo das girafas atuais”.
A equipa, que inclui também investigadores da Universidade John Moores de Liverpool, no Reino Unido, fez agora a primeira reconstituição 3D em computador do esqueleto do Sivatherium graças a uma técnica chamada fotogrametria, que, utilizando fotografias, permite obter medições rigorosas de um objeto. A equipa tirou fotografias a uma coleção de ossos do antigo girafídeo que está no Museu de História Natural de Londres, o que possibilitou não só reconstituir digitalmente o seu esqueleto como fazer estimativas do peso e do tamanho do animal.
“Reconstituímos o esqueleto com 26 ossos fossilizados do Sivatherium, o que nos permitiu reconstituir a cabeça, o pescoço e as patas”, explica por sua vez à agência de notícias AFP Christopher Basu. Ainda assim, concluiu-se que “o Sivatherium giganteum não pesava tanto como um elefante-africano adulto (nem mesmo como um elefante-asiático), mas era certamente um grande girafídeo e talvez até tenha sido o maior mamífero ruminante que alguma vez existiu”.
Reconstituição tridimensional da espécie |
Girafa atual |
Adaptado de: https://www.publico.pt/ciencia/noticia/eis-um-antepassado-bizarro-das-girafas-1720131
http://rsbl.royalsocietypublishing.org/content/12/1/20150940
Mariana Rocha (7.ºA)
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