Os dragões-marinhos-arbusto têm algumas características em comum com os cavalos-marinhos, entre as quais a forma como é a reprodução, a aparente lentidão na locomoção e a morfologia do seu corpo. Porém, os primeiros possuem uns apêndices que se assemelham perfeitamente com algas, sendo que dependem desta camuflagem para escapar dos famintos predadores. Estas saliências até imitam perfeitamente o movimento da vegetação marinha, nadando de maneira rítmica e ondulante.
Este disfarce sofisticado ainda lhes possibilita uma aproximação sorrateira das suas presas.
Alimentam-se sobretudo de camarões e misidáceos (um grupo de pequenos animais parecidos com o camarão). “O disfarce é tão bom que os camarões não os consideram uma ameaça”, diz David Hall, um observador que estudou esta espécie. Simplesmente, devora as pequenas presas à medida que nadam, sugando-os rapidamente com seu focinho longo e engolindo-os por inteiro. Estas rápidas caçadas são intercaladas por longos períodos - de até três dias - em que estes ficam imóveis e capturam qualquer presa que passar por perto.
Tanto os cavalos-marinhos como os dragões-marinhos-arbusto não são tão lentos como imaginámos. Segundo uma pesquisa feita por cientistas americanos há cerca de três anos, estas duas espécies animais são na verdade engenhosas e cruéis predadoras. A aparente lentidão na locomoção é uma estratégia para estes animais capturarem mais facilmente alimento. Desta forma, aproximam-se devagar das suas presas, sem despertar a atenção destas. A estrutura do focinho destas espécies está preparada para que esta técnica resulte, pois cria poucas ondulações na água, disfarçando a aproximação de possíveis pequenos crustáceos.
Esta espécie tem sido ameaçada e poderá, brevemente, entrar em vias de extinção, devido, principalmente, à poluição e à pesca excessiva. Por essa razão, foi considerada uma espécie protegida em 1991, estando a sua captura sujeita a um regulamento rígido.
Adaptado de:
Mariana Rocha (8.º A)
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