Sessenta escalos do Sul e quinhentas bogas do Sudoeste foram libertados nos seus habitats naturais em Sintra e em Monchique, respetivamente. Estes peixes de água doce estão em perigo de extinção devido à redução das populações no meio natural, provocada por vários fatores, entre eles o facto de estarem “expostas à seca grave, (ficando reduzidas a poças de água), a muita poluição, a espécies americanas invasoras mais agressivas que comem as que estão cá e pela ação humana, que, bem intencionada, ao limpar as ribeiras, destrói a vegetação das margens onde as espécies mais pequenas se escondem para se abrigar das maiores”, explica Fátima Gil, do Aquário do Vasco da Gama.
Os escalos e as bogas são criados em cativeiro para, segundo a mesma especialista, “manter o stock das espécies” e “voltar a repovoar” quando estas estiverem extintas, como é o caso atual. Estas espécies são descendentes de exemplares capturados nos rios onde vão ser lançados de forma a “não introduzir alterações genéticas”.
Deste modo, o Aquário Vasco da Gama reintroduziu-as, numa altura em que estão reunidas “as condições favoráveis, porque há água e as espécies estão na altura da desova”, afirma Fátima Gil.
Mariana Rocha (8.º A)
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