Nos últimos dias temos acompanhado a situação de catástrofe causada pelos incêndios que ano após ano teimam em visitar-nos nas épocas mais quentes do ano.
Após o combate às chamas e a ajuda às populações afetadas, há uma questão que se coloca nestes casos: como identificar as vítimas de um desastre de massa, como este?
Uma das maneiras de identificar os cadáveres de um incêndio é através de registos dentários. A par da molécula de ADN e das impressões digitais, os registos dentários fazem parte das chamadas técnicas primárias de identificação. Nos cadáveres que ficaram carbonizados não há impressões digitais, como terá ocorrido nalgumas das vítimas deste incêndio, que terá começado em Pedrógão Grande.
Quando as temperaturas são muito elevadas, a partir dos 400 graus Celsius, o material genético dos ossos também fica destruído. Nestas situações, procura-se então utilizar a medicina dentária forense como técnica primária de identificação dos corpos. Para tal, tem de haver forma de fazer uma comparação entre os dentes da pessoa e o seu registo dentário. “Precisa de haver registos dentários. Se a pessoa nunca foi ao dentista, não se pode identificar [pelo menos desta maneira] ”, como afirmou a antropóloga forense Eugénia Cunha.
Também o ADN é uma técnica comparativa (tal como as impressões digitais). E essa comparação pode igualmente revelar-se complicada. “Se dentro de um carro ficou uma família – os pais e os filhos –, interessa saber quem é quem. Na medida do possível, temos de procurar a linha familiar direta, como os avós”, refere a antropóloga, para que assim o material genético dos ocupantes do carro possa ser comparado com o desses outros familiares e chegar-se a uma identificação.
Já quando o grau de destruição é grande, os corpos podem ficar reduzidos a fragmentos. “A identificação com base em fragmentos é uma atribuição da antropologia forense. Pode encontrar-se um fator individualizante de identificação, como um tratamento médico ou uma prótese, que podem permitir a identificação”, explica ainda Eugénia Cunha.
A antropologia forense faz assim parte das chamadas técnicas secundárias de identificação dos restos mortais de uma pessoa – se é homem, se é mulher, adulto ou criança, a sua origem geográfica, a estatura e, depois, os tais fatores individualizantes de identificação (como por exemplo: se nos ossos das vítimas se encontram os vestígios de uma fratura óssea antiga pode perguntar-se às famílias de quem morreu se essas pessoas tiveram alguma fratura). Outras técnicas secundárias são as medidas de identificação circunstancial. “Por exemplo, documentos que possam ter consigo, objetos pessoais ou roupas que sejam identificáveis” ou, no caso dos corpos carbonizados nos carros, até a matrícula pode ajudar a essa identificação.
Quando as temperaturas são muito elevadas, a partir dos 400 graus Celsius, o material genético dos ossos também fica destruído. Nestas situações, procura-se então utilizar a medicina dentária forense como técnica primária de identificação dos corpos. Para tal, tem de haver forma de fazer uma comparação entre os dentes da pessoa e o seu registo dentário. “Precisa de haver registos dentários. Se a pessoa nunca foi ao dentista, não se pode identificar [pelo menos desta maneira] ”, como afirmou a antropóloga forense Eugénia Cunha.
Também o ADN é uma técnica comparativa (tal como as impressões digitais). E essa comparação pode igualmente revelar-se complicada. “Se dentro de um carro ficou uma família – os pais e os filhos –, interessa saber quem é quem. Na medida do possível, temos de procurar a linha familiar direta, como os avós”, refere a antropóloga, para que assim o material genético dos ocupantes do carro possa ser comparado com o desses outros familiares e chegar-se a uma identificação.
Já quando o grau de destruição é grande, os corpos podem ficar reduzidos a fragmentos. “A identificação com base em fragmentos é uma atribuição da antropologia forense. Pode encontrar-se um fator individualizante de identificação, como um tratamento médico ou uma prótese, que podem permitir a identificação”, explica ainda Eugénia Cunha.
A antropologia forense faz assim parte das chamadas técnicas secundárias de identificação dos restos mortais de uma pessoa – se é homem, se é mulher, adulto ou criança, a sua origem geográfica, a estatura e, depois, os tais fatores individualizantes de identificação (como por exemplo: se nos ossos das vítimas se encontram os vestígios de uma fratura óssea antiga pode perguntar-se às famílias de quem morreu se essas pessoas tiveram alguma fratura). Outras técnicas secundárias são as medidas de identificação circunstancial. “Por exemplo, documentos que possam ter consigo, objetos pessoais ou roupas que sejam identificáveis” ou, no caso dos corpos carbonizados nos carros, até a matrícula pode ajudar a essa identificação.
Adaptado de: https://www.publico.pt/2017/06/19/ciencia/noticia/como-se-identificam-as-vitimas-de-um-desastre-de-massa-1776227
Mariana Rocha (8.º A)
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