quarta-feira, 15 de outubro de 2014

LED azuis ganham Nobel da Física

     As lâmpadas LED estão nos comandos dos televisores, nos semáforos, nos faróis dos carros, nos flashes das câmaras fotográficas e cada vez mais nos candeeiros das nossas casas e na iluminação das ruas! Na base desta forma de iluminação está uma invenção com cerca de 20 anos: um dispositivo eletrónico emissor de luz azul, que permitiu a criação de fontes de luz branca mais eficientes e amigas do ambiente. LED é a sigla em inglês de "light-emitting diode", ou díodo emissor de luz. A invenção dos LED azuis valeu esta terça-feira o prémio Nobel da Física de 2014 a três cientistas japoneses.

     “Nos LED, a eletricidade é diretamente convertida em partículas de luz (fotões), sendo mais eficiente do que outras fontes de energia, em que a maioria da eletricidade é convertida em calor e apenas uma pequena parte em luz”.

     Os galardoados Isamu Akasaki (nascido em 1929) e Hiroshi Amano (nascido em 1960) trabalhavam juntos na Universidade de Nagóia .Quanto a Shuji Nakamura (nascido em 1954), trabalhava então numa pequena empresa japonesa. No ano de 1992, juntos, conseguiram criar os primeiros LED azuis.

     O físico Carlos Fiolhais, da Universidade de Coimbra, chama ao galardão deste ano um “Nobel luminoso” e diz que não podia ter vindo em melhor hora, já que 2015 vai ser o Ano Internacional da Luz. Para terem sucesso, os três premiados tiveram de ser persistentes. “O trabalho dos físicos japoneses exigiu uma extraordinária dedicação. Foi preciso ultrapassar falhanços sucessivos na escolha e manipulação dos materiais mais adequados”, conta Carlos Fiolhais “.

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