segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

O Falcão-peregrino

     O falcão-peregrino é uma ave de rapina de médio porte que pode ser encontrada em todos os continentes exceto na Antártida. A espécie prefere habitats em zonas montanhosas ou costeiras, mas pode também ser encontrado em grandes cidades como Nova Iorque. Na América do Sul, ele só surge como espécie migratória. Como ave reprodutora, é substituído na América do Sul por uma espécie similar e um pouco menor, o falcão-de-peito-laranja. Atualmente a ave é considerada o animal mais veloz do mundo, podendo atingir cerca de 320 km/h ou mais.

Tomás Barreiro (5.º B)

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Baleia-corcunda deu à costa em Tavira

     Uma baleia-corcunda, com nove metros de comprimento e 2,5 toneladas de peso, apareceu morta na praia de Cabanas, Tavira, tendo a Polícia Marítima local tomado conta da ocorrência.
     Segundo o mesmo responsável, o alerta foi dado à Polícia Marítima cerca das 09:00 por elementos dos Nadadores Salvadores e do Centro de Operações Marítimas, tendo no local verificado que a baleia tinha as "barbatanas cortadas", indício que leva a supor que tenha ficado presa a uma rede de pesca, levando alguém a cortar as barbatanas com uma faca ou algo similar para a soltar. Ventura Borges referiu que se trata de um tipo de baleia "relativamente rara", existindo apenas registo de cinco casos de baleias-corcundas que deram à costa.
     A remoção da baleia, cujo estado de decomposição indica que estaria morta há dois dias, foi feita sob a direção da Polícia Marítima.


Rodrigo Fernandes (5.ºB)

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Como beber água no Espaço

     O astronauta Tim Peake, atualmente a viver na Estação Espacial Europeia, demonstrou no programa «Stargazing Live», do canal de televisão inglês BBC Two, uma forma divertida de beber água no Espaço. Peake tem partilhado outras experiências, que podemos ir acompanhando em direto através do site http://timpeake.esa.int/.




terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Nova espécie de rato

     Uma nova espécie de rato, com um nariz semelhante ao de um porco, foi descoberta na Indonésia. Cientistas dos Estados Unidos, Indonésia e Austrália avistaram cinco exemplares na ilha Sulawesi e chamaram-lhes Hyorhinomys stuempkei. Vive em áreas isoladas das florestas, pesa cerca de 250 gramas, tem o focinho alongado, orelhas compridas e dentes incisivos longos.
     Os cientistas pensam que, naquele local, está a acontecer uma evolução morfológica: «Em 2014, descobrimos anfíbios e ratos sem dentes.»

Duarte Duarte (6.ºA)


segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Gene que explica o aparecimento de novas espécies

No reino animal, é possível dois animais de espécies diferentes cruzarem-se e terem descendentes. É através do estudo destes casos que os cientistas tentam explicar como e por que razão aparecem novas espécies. Sabe-se, por exemplo, que o cavalo e o burro pertencem a espécies diferentes, porém, podem ter descendentes. No entanto, a mula e o macho, são estéreis.


     Cientistas dos Estados Unidos descobriram agora um gene responsável por barreiras à reprodução entre duas espécies de moscas-do-vinagre. Este gene pode estar relacionado com o desenvolvimento de cancro. “Dizemos que existem espécies novas quando existem barreiras que impedem que se cruzem entre si”, explica um dos autores do artigo. “Identificar os genes e desvendar a base molecular da esterilidade ou morte dos híbridos é chave para compreender o aparecimento de novas espécies.”

     Os cientistas descobriram um gene, que se chama “gfzf” e está envolvido nas barreiras biológicas à reprodução entre duas espécies muito próximas de moscas-do-vinagre, causando a morte dos machos híbridos. Utilizadas como modelos de investigação, estas permitem compreender processos genéticos mais abrangentes, neste caso sobre as barreiras biológicas entre espécies distintas e o aparecimento de novas espécies.

     A mosca-do-vinagre é muito usada para estudos genéticos e desde 1910 que os cientistas tentam descobrir as causas das barreiras à reprodução entre duas espécies muito próximas de mosca-do-vinagre, sendo elas:  Drosophila melanogaster e Drosophila simulans. Estas, quando cruzadas entre si, só têm filhas, que são estéreis. Os machos morrem durante a fase larvar. Outros estudos já tinham identificado dois genes envolvidos na mortalidade dos machos, mas como a sua ação não explicava totalmente o fenómeno previa-se que existisse um terceiro gene. Este estudo poderá agora desvendar este enigma com mais de um século.

     Através de inúmeros cruzamentos entre moscas das duas espécies com mutações pontuais e da análise de mais de filhas híbridas, os cientistas descobriram apenas alguns filhos machos híbridos que conseguiram sobreviver. A análise de todo o genoma destes machos revelou que todos tinham mutações neste gene. Encontrou-se, assim, o gene que era o responsável pela morte dos machos.
Este método poderá agora ajudar os cientistas a compreender outras barreiras biológicas e do isolamento reprodutor noutros grupos animais.

  
                                                 
                                                              Drosophila melanogaster
                  
                      Drosophila simulans













Mariana Rocha (7.ºA)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

O Ártico abrigou uma floresta há milhões de anos

     A natureza não se cansa de nos surpreender. Os continentes já foram um só pedaço de terra, o deserto do Saara já teve vegetação e assim por diante. As transformações ocorridas por milhões de anos moldaram a realidade que conhecemos nos últimos séculos, porém descobertas recentes revelam detalhes incríveis e que somente com o auxílio da ciência podemos entender.
     Por exemplo: consegue imaginar uma floresta onde, atualmente, é o Ártico? Provavelmente, não. Mas foram encontrados vestígios fósseis de uma floresta tropical com 380 milhões de anos no arquipélago norueguês de Svalbard. Os investigadores descobriram cepos fossilizados de árvores que estavam preservados ainda debaixo de terra.
Paisagem de Svalbard
     As ilhas de Svalbard, hoje no oceano Ártico, estavam há centenas de milhões de anos localizadas perto do equador e, pelo movimento das placas tectónicas, deslocaram-se para o norte
“Estas florestas fósseis mostram-nos como era a vegetação e a paisagem no equador há 380 milhões de anos, quando as primeiras árvores apareceram na Terra”, diz um dos autores, Christopher Berry.

     Esta era extremamente densa. Os fósseis de 380 milhões de anos foram identificados como sendo de Protolepidodendropsis pulchra, uma espécie extinta de licopódios, que foram das primeiras plantas na Terra com sistemas de transporte de seiva, água e sais minerais. Foi também durante este período – o Devónico, na Era Paleozoica, há 420 a 360 milhões de anos – que ocorreu uma enorme redução de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. “O aparecimento das árvores é a causa mais provável desta diminuição do CO2, porque as plantas absorviam-no através da fotossíntese e incorporavam-no nos tecidos, tal como o processo de formação dos solos”, continua Christopher Berry.

     A floresta descoberta em Svalbard é apenas um pouco mais recente do que a única outra floresta fossilizada conhecida: a floresta de Gilboa, nos Estados Unidos, descoberta em 2012. "É como descobrir o equivalente botânico de pegadas de dinossauros", diz o Dr. William Stein, um dos autores da pesquisa da floresta de Gilboa. Estima-se que esta tenha existido há 385 milhões de anos. "Foi preservada de tal forma que fomos capazes, literalmente, de caminhar entre as árvores, observando de que tipos eram, onde estiveram e quanto tinham crescido", conta Stein.
                               
                         Representação da floresta de Svalbard
                    
                William Stein e a Floresta de Gilboa






           






Mariana Rocha (7.ºA)