quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Ornitorrinco, tão estranho quanto fantástico

O ornitorrinco é, provavelmente, o mamífero menos parecido com um mamífero que existe.

     Endémico da Austrália e da Tasmânia, o ornitorrinco tem pêlo e dá de mamar aos filhotes, como os mamíferos, mas não dá à luz esses filhotes, em vez disso põe ovos: como fazem muitos outros animais… exceto os mamíferos. Para além disso tem um bico semelhante ao de um pato, o rabo semelhante ao de um castor, membranas nas patas e, no caso dos machos, espigões venenosos, uma característica também bastante rara em animais mamíferos.
     As características peculiares do ornitorrinco, contudo, não são apenas as que vemos por fora. Estudos genéticos realizados em 2008 e publicados na revista Nature, revelaram que o ornitorrinco possui genes partilhados não apenas com outros mamíferos, mas também com os répteis e com as aves, preservando características que a esmagadora maioria dos outros animais perderam durante a evolução – fazendo deste um animal “único”.


     Não surpreende que em 1799, quando o ornitorrinco foi pela primeira vez descrito cientificamente, os investigadores tenham ficado convencidos tratar-se de uma fraude. Por exemplo, tentaram encontrar indícios de que aquele “bico de pato” tería sido costurado no corpo de um outro animal para lhe dar um ar mais exótico.
     Mas o bico era mesmo dele!




Leonardo Moreira (7.º A)

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Dia Mundial da Alimentação 2016

     Como tem sido hábito, os alunos do 6.º ano do Externato assinalaram o Dia Mundial da Alimentação (comemorado a 16 de outubro), com os colegas do 4.º ano. Cada turma preparou uma mensagem acerca da alimentação equilibrada e a Roda dos Alimentos, que depois partilharam com os mais novos. As regras já sabemos, resta pô-las em prática!



Parque Natural da Serra da Estrela

Luís David e António Bessa (5.º A)

terça-feira, 18 de outubro de 2016

A Casa do Penedo - Flintstones à Portuguesa

     Deves conheces Fafe, pelo menos de ouvir falar: é uma pequena cidade situada no norte do país. Mas nem todos conhecem uma atração turística local que cada vez chama mais a atenção de arquitetos e designers por todo o mundo...

     Em plena Serra de Fafe, entre a cidade do mesmo nome e Cabeceiras de Basto, situada na região norte de Portugal, encontra-se uma casa que anda a despertar a curiosidade dos internautas de todo o mundo pela sua originalidade. Construída entre quatro rochas gigantes, a Casa do Penedo é mais do que uma residência rural perdida no interior de um pequeno país na orla ocidental da Europa.
                  

     À primeira vista a casa nem parece real; parece mais uma habitação dos Flintstones. Mas está perfeitamente integrada na paisagem natural. Por fora é toda feita de pedra, salvo as janelas tortas e o telhado. Por dentro, a mobília, as escadas e os corrimões feitos de troncos completam o aspeto rústico. Os vidros são à prova de bala, a porta é de aço e o sofá pesa 350 quilos, pois é feito em betão e madeira de eucalipto.

     Nos últimos meses, tornou-se comum os habitantes da região verem desfilar os turistas que procuram a Casa de Pedra. O proprietário, Vítor Rodrigues, já não habita a casa que aos domingos é visitada por dezenas de pessoas. Apesar do interesse que desperta pelo mundo fora, tem sofrido atos de vandalismo que põem em causa a sua conservação.

     Agora, já sabes, este é um bom sitio para visitar! :D


Leonardo Moreira (7.º A)




segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Viver sem beber água

     As gazelas-girafas têm duas características únicas no mundo animal: além do seu pescoço longo e fino que lembra as girafas e do formato das orelhas, que as distingue dos restantes antílopes, podem viver sem beber água.
     Esta espécie vive em regiões áridas da África e, de acordo com os cientistas, na sua adaptação ao ambiente, adquiriu a capacidade de hidratar-se apenas com a humidade das plantas que ingere. Outra marca da sua adequação são as patas traseiras fortes que lhe permitem comer folhas situadas acima dos dois metros de altura.









Duarte Duarte (7.º A)




sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Onde nos situamos no nosso imenso Universo? (2016)

     Os alunos do 7.º ano foram novamente desafiados pela professora de Físico-Química a escreverem uma carta a um "amigo extraterrestre" (que vive fora do nosso Superenxame Local) com o objetivo de o fazer chegar até às suas casas. Eis alguns dos resultados:





terça-feira, 11 de outubro de 2016

Atlanterhavsveien (Noruega)

     A Estrada do Atlântico (Atlanterhavsveien, em norueguês), é um exemplo de engenharia de construção que tem em conta as severas condições de choque entre a água do mar, a estrutura da estrada e das suas pontes, a salinidade da água e o cuidado ao conduzir-se nessa estrada na Noruega.
     É uma espetacular via que, desde a costa continental da Noruega, salta de ilha em ilha até chegar a Averøy, num percurso fantástico através de pontes que se retorcem sobre o mar. A sua construção começou em 1983 e foi marcada pela luta contra os elementos. São pouco mais de oito quilómetros de percurso, que incluem oito pontes sobre o oceano.
     A costa muito recortada, e por vezes íngreme, dos fiordes e ilhas da Noruega manteve durante séculos muitas povoações só acessíveis por via marítima, até à construção desta estrada, concluída em 1989.


Retirado de: 

Leonardo Moreira (7.º A)

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Tigre-de-Bengala

     O tigre-de-bengala (Panthera tigris tigris), também conhecido como tigre-indiano, é um grande felino e uma das seis subespécies de tigre restantes, sendo a segunda maior, ficando atrás apenas do tigre siberiano. O seu nome deve-se à sua presença em Bengala ocidental, próxima do Golfo de Bengala.
     É uma das espécies mais ameaçadas de extinção entre os grandes felinos do planeta, seja pela caça ilegal ou pela destruição do seu habitat. Estima-se que em 2008 existiam apenas cerca de 500 tigres-de-bengala livres no planeta; três das nove subespécies de tigres que existiam no planeta já estão extintas, e outras tendem a desaparecer pelo cruzamento entre subespécies diferentes e pela ação do homem.


   Fundações como a WWF (World Wide Fund for Nature) tomaram a frente da responsabilidade de propiciar a preservação dos tigres, mais especificamente do tigre-de-bengala, tigre-de-Sumatra e do tigre-siberiano (ainda mais raros). Estima-se que o número de tigres na Ásia hoje seja 40% menor do que em 1995, graças a esforços e ajuda humanitária, cerca de 15% já foi recuperado.


Leonardo Moreira (7.º A)


As rochas e os fósseis


Duarte Duarte (7.º A)

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Tsunami/Maremoto

     Um tsunami, por vezes também chamado maremoto, é uma série de ondas de água causada pelo deslocamento de um grande volume de um corpo de água, como um oceano ou um grande lago. Os tsunamis são uma ocorrência frequente no Oceano Pacífico: aproximadamente 195 eventos desse tipo já foram registados. Devido aos imensos volumes de água e energia envolvidos, os tsunamis podem devastar regiões costeiras.
     Sismos, erupções vulcânicas e outras explosões submarinas (detonações de artefactos nucleares no mar),deslizamentos de terra e outros movimentos de massa, impactos, e outros distúrbios acima ou abaixo da água têm o potencial para gerar um tsunami.

     O historiador grego Tucídides foi o primeiro a relacionar um tsunami a sismos submarinos, mas a compreensão da natureza do tsunami permaneceu incipiente até ao século XX e ainda é objeto de pesquisa. Muitos textos antigos geológicos, geográficos e oceanográficos referem-se a tsunamis como ondas sísmicas do mar.
     Algumas condições meteorológicas, tais como depressões (atmosféricas) profundas que provocam ciclones tropicais, podem gerar uma tempestade chamada meteotsunami, com a elevação do nível de grande massa de água vários metros acima do normal. A elevação vem da grande redução de pressão atmosférica no centro da depressão em relação ao seu entorno. Atingindo a costa podem assemelhar-se (embora não o sejam) a tsunamis, inundando vastas áreas de terra. Uma onda desse tipo inundou a Birmânia (Myanmar), em maio de 2008.

Leonardo Moreira (7.º A)

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Icnofósseis - Penha Garcia

     Quando vislumbramos a região de Penha Garcia, da aldeia de Monsanto, sobressai na planura a serra do Ramiro, prolongada na serra da Gorda. Este relevo esconde um outro alinhamento, correspondente às serras da Ribeirinha e da Cacheira. As duas cristas, constituídas por rochas muito resistentes à erosão – os quartzitos –, datadas do Arenigiano (490 a 480 milhões de anos) e formadas a partir da deposição de sedimentos no litoral, correspondem aos flancos da grande dobra em U que, irrompendo da campina raiana em Aranhas, se prolonga quase ininterruptamente muito para além da fronteira, atravessando várias províncias espanholas. São os testemunhos de uma colisão continental que, há mais de 300 milhões de anos, terá constituído, deformado e levantado, em grande extensão, o que é hoje o território continental português.

     Em Penha Garcia, a ausência de fósseis esqueléticos contrasta com a abundância e a diversidade em vestígios de atividades paleobiológicas (icnofósseis), distribuídos por toda a formação quartzítica. Os mais notáveis são pistas do tipo Cruziana, resultado da escavação do substrato, por ação dos apêndices locomotores de trilobites, na tentativa de obtenção de alimento. Trata-se de sulcos essencialmente horizontais, bilobados, com uma crista central mais ou menos definida, apresentando intrincados padrões ornamentais de estrias.
               
                    Cruziana, pistas resultantes da passagem de trilobites,
                seres marinhos que viveram entre há 542-250 M.a.
Lajes de quartzito quase verticalizadas por ação de forças tectónicas
     A tectónica fez um trabalho magnífico em Penha Garcia; verticalizou grandes lajes com inúmeros icnofósseis, particularmente Cruziana, que só muito mais tarde foram expostas pelo encaixe do rio Pônsul. Alguns dos exemplares de Cruziana aqui encontrados figuram entre os mais bem preservados que se conhecem a nível mundial e alguns deles impressionam pelas suas dimensões, sugerindo terem sido produzidos por animais com cerca de 0,5 m de comprimento.


Adaptado de Carvalho, C. N. in Geonovas, n.º 18, 2004


Duarte Lourenço (7.º A)