sexta-feira, 28 de julho de 2017

O Lago Hillier

     De tom rosado vivo, o lago Hillier é um espetáculo de beleza para qualquer um que espere contemplar as maravilhosas façanhas da Natureza, especialmente se estiver habituado à clássica representação azul da água. Fica na região isolada de Middle Island, na Austrália. O acesso a este lago não é fácil, devido à sua localização. Atualmente, é possível visitá-lo apenas através de excursões em cruzeiros ou através de helicóptero.
     Descrito pela primeira vez no dia 15 de janeiro de 1802, pela “Expedição Matthew Flinders”, foi possível avistá-lo assim que os exploradores subiram ao pico mais alto da ilha. Conta a história que o sal encontrado em redor do lago foi utilizado para abastecer o navio dos exploradores sem necessidade de se aplicar nenhum processo de limpeza, dada a pureza natural do produto.
     Esta coloração é causada por microrganismos presentes no lago, essencialmente, a microalga Dunaliella salina e também bactérias halofílicas vermelhas. Estes organismos ficam agregados às crostas de sal do lago, fazendo com que todo o seu aspeto seja vermelho, alaranjado ou mesmo cor de rosa. A sua cor é tão consistente e tão sólida que não se altera com a presença de outras fontes de água (como do oceano próximo), nem mesmo se retirada num copo de água.
     Não há perigo nenhum em nadar ou entrar no Lago Rosa, mesmo que haja uma grande concentração de sal presente nele. De acordo com as pesquisas realizadas, as bactérias que podem lá ser encontradas não são patogénicas. Aliás, o alto nível de sal presente faz com que as pessoas boiem naturalmente, assim como acontece no Mar Morto. Deve-se apenas evitar beber a água, dado que a alta concentração de sal pode prejudicar o organismo.
     O Lago Hillier não é o único lago rosa da Austrália ou do mundo. Há registos de, pelo menos, outros quatro lagos rosa por toda a Austrália, sendo eles Field of Pink Lakes, Pink Lake, Quairading Pink Lake e Hutt Lagoon. Além destes, são conhecidos pelo menos mais quatro lagos assim em redor do mundo.

Adaptado de:

Mariana Rocha (8.º A)


segunda-feira, 17 de julho de 2017

A sexta extinção em massa na Terra está em curso

     Os cientistas advertem que a sexta extinção em massa da vida na Terra está a acontecer mais rapidamente do que se pensava. Equivale mesmo a uma "aniquilação biológica" da vida selvagem do planeta, segundo o estudo da Universidade de Stanford - que foi publicado pela PNAS, a academia de ciências norte-americana. Leões e girafas, por exemplo, estão em perigo.
     Segundo os dados estatísticos, 30% dos animais vertebrados - peixes, aves, anfíbios, répteis e mamíferos - estão em declínio, tanto em alcance, como em população. Não é para menos, já que os mamíferos perderam pelo menos um terço do seu habitat original. Mais: 40% deles - entre eles, rinocerontes, orangotangos, gorilas e grandes felinos - sobrevivem com 20% ou menos da terra que seria desejável.
     O consumo excessivo dos animais, a ocupação dos seus habitats, a poluição do meio ambiente, a proliferação e o surgimento de doenças e as alterações climáticas – que também têm muita mão humana – podem vir a agravar ainda mais o cenário nas próximas décadas.    
     Em média, duas espécies de vertebrados desaparecem por ano nos dias de hoje. O ritmo é assustador. Metade dos animais que já partilharam, em tempos, o planeta com os humanos, já não existem, sendo as regiões tropicais e as polares as que têm assistido ao maior número de espécies em declínio.    

Mariana Rocha (8.º A)

segunda-feira, 10 de julho de 2017

A visão dos bebés

     Os bebés conseguem ver o mundo desde que nascem, mas a sua visão está longe de ser nítida e perfeita. Só conseguem ver perfeitamente ao fim de alguns meses. É muito difícil determinar que cores exatamente o bebé consegue ver ou não. O recém-nascido tem a capacidade de notar padrões (como, por exemplo, riscas e bolinhas), contrastes (como o preto e o branco) e de fixar a luz. Contudo, ele não tem a capacidade de perceber algumas formas e cores. Outro ponto interessante é que o recém-nascido não é capaz de ver imagens que estejam a mais de trinta ou quarenta centímetros de distância.

     Quando nasce, o bebé não sabe usar bem os olhos, logo é normal que os entorte várias vezes. Com um ou dois meses, aprende a focalizar os dois olhos ao mesmo tempo e é capaz de acompanhar com o olhar um objeto em movimento.

     Uma pesquisa da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriu que ao contrário do que se acreditava, os bebés conseguem ver algumas cores. De acordo com os pesquisadores, os pequenos conseguem diferenciar cores mais contrastantes entre si, como o verde do vermelho. Porém, quando se deparam com cores mais similares uma ao lado da outra, como laranja e vermelho, não conseguem ver a diferença entre elas. Só mais tarde, por volta dos três meses, começam a conhecer o azul. Com esta idade, já observa um objeto situado mais longe e tenta alcançá-lo. Também começa a observar as mãos e brinca com elas. A capacidade de ver as cores como os adultos ocorre mais tarde, aproximadamente, entre os cinco e os oito meses de vida.

      Aos quatro meses, o bebé começa a desenvolver a perceção de profundidade, o que o ajuda a saber se alguma coisa está mais perto ou longe. Também passa a controlar melhor os braços e, deste modo, o desenvolvimento visual acontece na hora certa para ajudá-lo a tentar agarrar no seu cabelo, brincos ou óculos, com muito mais precisão. Um mês depois, consegue detetar objetos pequenos e acompanha bem o movimento das coisas.

      A partir dos oito meses, a visão do bebé é quase igual à de um adulto em termos de clareza e perceção de profundidade. Há bebés que atingem esta fase por volta dos cinco meses. Com essa idade, os olhos da criança, normalmente, estão próximos da sua cor definitiva, embora ainda possa haver mudanças pequenas na cor da íris.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

A nova ilha que apareceu do nada na costa dos EUA e se tornou atração turística - talvez por tempo limitado

É um banco de areia, em forma de semicírculo, que cresceu até se tornar numa ilha separada da costa leste do continente americano por um braço de mar de cerca 100 metros de comprimento por 20 de largura. Dependendo da maré e das condições climáticas, pode chegar a ter até 1,6 quilómetros de extensão e 145 metros de largura.

Situa-se a sul de Cape Point, na Carolina do Norte. Quando a ilha foi vista pela primeira vez, em abril do pretérito ano, os habitantes locais descreveram-na como um “monte de areia” a sair da água. Dave Hallac, diretor do Parque Nacional Costeiro de Cape Hatteras, disse que "estava a ver algumas fotos aéreas de fevereiro e era possível ver que a ilha estava debaixo de água. Agora, há vários metros de solo sobre o mar".

O diretor do parque advertiu os visitantes que não tentem nadar ou cruzar o canal para chegar até à ilha: a corrente pode arrastar rapidamente uma pessoa. Há também várias embarcações naufragadas e ossos de baleia na água em redor, contou o historiador local Danny Couch. Para além disso, foram vistos tubarões e arraias naquela região. O responsável pelo parque acrescentou, ainda, que os visitantes lhe colocaram o nome provisório de Shelly Island, já que ela ainda não tem um nome oficial.

Os especialistas dizem que as margens dos bancos de areia estão a mudar constantemente.  "É muito possível que Shelly Island cresça e se ligue ao continente. E é possível também que ela vá diminuindo até desaparecer por completo", da mesma maneira que apareceu de repente, segundo o que afirmou Hallac. "Sendo assim, sugiro que quem estiver perto, visite Cape Point o quanto antes para poder ver esta incrível formação", recomendou.


Mariana Rocha (8.º A)